O mercado mundial de telecomunicações é extremamente dinâmico. Em fevereiro de 2017 o mundo já atingiu mais de 2 bilhões de conexões LTE (acrónimo de Long Term Evolution, em português Evolução de Longo Prazo), a evolução da tecnologia 3G para 4G. Comparando com o último ano, isso significou um aumento de 74% no número de assinaturas. As expectativas colocam que o marco dos 3 bilhões será atingido em 2018 e dos 5 bilhões até 2022.
Podemos exemplificar essa dinâmica com base também no mercado nacional, mesmo esse não sendo um pioneiro em tecnologias móveis, comparado com o mundo. No caso do Brasil, no momento atual, ainda não temos uma rede de serviços móveis de 4° geração totalmente implementada, mesmo com todos os investimentos feitos para os eventos mundiais como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas 2016. Por outro lado, já se fala das possibilidades da 5° geração de serviços móveis. Em outros tempos, cinco a dez anos atrás, eram lançados os serviços triple Play (serviço que combinada dados, voz e multimídia sobre um único canal de comunicação de banda larga). Agora já estão no mercado os serviços quad Play (combinação do triple Play com serviços sob demanda das redes sem fio).
Mesmo em um momento econômico e político complicados no Brasil nestes últimos dois anos, e até mesmo uma leve redução na demanda dos serviços de TIC, alguns números se mostram bastante significativos e otimistas para o horizonte das telecomunicações. Por exemplo, em feveriro de 2017 foram registrados mais de 67 milhões de acessos em banda larga 4G no país. Isso significa 120% mais acessos que no mesmo mês de 2016. Já considerando a banda larga móvel como um todo, incluindo o 3G, fechou o mês de fevereiro de 2017 com 196,4 milhões de acessos, sendo deste total 37 milhões de novas conexões de 4G.
Já o número de municípios com acesso 4G cresceu 254% em relação a fevereiro de 2016. As redes 4G estão instaladas em quase 1700 municípios do país, nos quais vivem aproximadamente 74% da população brasileira, enquanto o 3G está em mais de 98% dos municípios.
Considerando a banda larga fixa e móvel, ainda em fevereiro de 2017, já haviam 223,3 milhões de acessos no país. Deste total, 26,9 milhões são de acessos pela rede fixa, o que significa um aumento de 5% neste mercado.
Outro nicho de mercado ainda a ser explorado é o IoT (Internet das Coisas). A adoção de IoT no mercado brasileiro ainda é lento, mas as expectativas de investimentos são positivas. É previsto que até 2025 o Brasil venha a ter entre 150 e 200 milhões de objetos conectados.
Na expectativa de investimentos, a Vivo vem anunciando a aplicação de R$ 24 bilhões de reais entre 2017 e 2019, especialmente em dados. A empresa prevê um crescimento no setor na casa de dois dígitos para esse ano de 2017, focados na fibra, na TV e nos serviços móveis.
No Rio Grande do Sul os movimentos mais significativos no mercado de telecomunicações recentemente foram a aquisição da GVT pela Vivo/Telefônica e a chegada da Algar Telecom no território gaúcho. A Algar já investiu mais de R$ 25 milhões em uma primeira fase de entrada no mercado do Rio Grande do Sul, chegando inicialmente a 12 munícipios, iniciando pela região metropolitana.