Com uma sociedade conectada, essa mudança está chegando no setor industrial. Analisar e monitorar constantemente os dados e informações disponibilizados no mundo online vai se tornando uma tarefa comum também para os processos que ocorrem em fábricas e depósitos, por exemplo. A tendência é que as máquinas tenham a capacidade de raciocinar, de tomar decisões e de solucionar problemas por meio da Inteligência Artificial. Com o maquinário integrado, o trabalho na Indústria 4.0 tende a ser mais ágil e eficiente, facilitando a automação dos processos.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a tendência é que, com o fortalecimento da Indústria 4.0, a redução de custos industriais chegue na casa dos R$ 73 bilhões ao ano. Esse valor abrange os ganhos com a maior eficiência do processo, além da economia da energia e a diminuição dos custos de manutenção de máquinas, por exemplo.
Por isso, fica claro como é fundamental que as empresas comecem a atentar a esse movimento a fim de colocar em prática os conceitos recentes sobre evolução do setor industrial. O objetivo dessa nova revolução é realizar investimentos que tornem os processos das indústrias mais baratos e eficientes.
Resumindo, a ideia é importar as tecnologias, cada vez mais presentes em nosso dia a dia, para o ambiente de trabalho dentro das fábricas. Ao deixá-las inteligentes, a tendência é de inúmeros ganhos para as empresas, funcionários e a indústria em geral, como vamos mostrar no decorrer deste artigo.
Panorama da Indústria 4.0 no Brasil
O conceito de Indústria 4.0 ganhou notoriedade entre 2011 e 2013 na Alemanha. O projeto do governo alemão tinha como objetivo promover a informatização da manufatura, levando as tecnologias recentes para as fábricas. Países como China e Estados Unidos, por exemplo, estão em um estágio avançado em relação ao assunto — ao passo que, no Brasil, o processo está começando a ganhar o seu espaço.
A crise econômica que assolou o país nos últimos anos acabou prejudicando o desenvolvimento e o estabelecimento desse novo conceito dentro do setor. Aos poucos, porém, a indústria brasileira vai mostrando sinais de evolução.
De acordo com o MDIC, a produtividade do setor caiu em mais de 7% no período entre 2006 e 2016. Além disso, o relatório Índice de Inovação Global 2018 aponta uma queda do Brasil em relação ao mesmo ranking em 2010. No entanto, em relação ao último ano, o país registrou um crescimento em alguns itens importantes.
O Brasil passou a exportar mais altas tecnologias e outros serviços relacionados a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), por exemplo. Esses quesitos impactaram diretamente no posicionamento no ranking geral. Apesar da posição não tão agradável na tabela, o país subiu alguns degraus quando o assunto é produção de conhecimento e tecnologia, deixando de ser uma fraqueza.
Alguns dados mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido pela indústria brasileira. De acordo com um levantamento da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), 32% das 227 empresas (pequeno, médio e grande porte) entrevistadas nem sequer ouviram falar em Indústria 4.0. Os outros 68%, porém, acreditam que a tendência é de aumento da produtividade com uma maior integração nas fábricas, e não veem esse conceito como um risco, mas sim uma oportunidade.
A informação mais preocupante, no entanto, é em relação ao próximo passo em direção aos avanços tecnológicos. A pesquisa da FIESP indica que apenas 5% das empresas se sentem “muito preparadas”. Enquanto isso, outros 23% apontam que não estão “nem um pouco preparadas” para essas mudanças.
Portanto, as empresas no Brasil, aos poucos, começam a entender mais sobre esse conceito e a importância da integração entre internet e indústria para o futuro do setor. Como mostramos acima, os investimentos nesse processo são capazes de gerar ganhos enormes para toda a indústria brasileira.
Quais são as principais características da Indústria 4.0?
Agora que já abordamos qual é o conceito de Indústria 4.0 e como o setor está se preparando para as mudanças no Brasil, separamos as principais características desse processo. A seguir, vamos destrinchar cada um dos pontos para que não restem dúvidas sobre a importância da 4ª Revolução Industrial. Confira!
Tempo real
A nossa sociedade já se comporta em tempo real. O celular faz parte da nossa rotina, seja para acessar a sua conta no banco ou conversar com alguém no exterior. Dessa forma, as atividades passaram a acontecer em uma velocidade ainda maior; os usuários exigem respostas rápidas das empresas, ninguém quer ficar esperando.
Essa demanda chegou ao setor industrial. Com a capacidade de receber e trocar dados e informações instantaneamente, as decisões passam a acontecer em tempo real. O objetivo é agilizar os processos dentro das fábricas e tornar as decisões mais eficientes e rápidas na hora de solucionar um problema, por exemplo.
Virtualização
As simulações já são bastante comuns nas fábricas. Porém, a ideia com a Indústria 4.0 é, de fato, criar uma versão virtual da planta original. Por meio de sensores alocados em toda a estrutura do local, o processo de monitoramento remoto se torna muito mais simples de ser colocado em prática.
A rastreabilidade também é um programa que ganha o seu espaço com o processo de virtualização das fábricas. Assim, é possível utilizar sistemas de rastreabilidade automática, que gera inúmeros benefícios para empresa. Entre eles, a flexibilização das linhas de montagem e, como consequência, o aprimoramento de todo o sistema de logística do seu negócio.
Comentários
Quero ser senai
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O próximo passo
O próximo passo necessariamente será dado, faz parte da marcha. A indústria 4.0 parece ser a continuação lógica, o ingresso no século XXI. Então nada mais evidente que se deve conhecê-la, participar dela e se colocar em marcha rumo ao futuro.
Gostaria de fazer o curso
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