O agronegócio é uma das principais atividades responsáveis por aquecer a economia brasileira. O setor representa mais de 20% do PIB do país. Em grande parte, o motor por trás desses resultados é a aplicação da tecnologia no agronegócio.
Do trabalho agropecuário nas fazendas até os processos de transformação de alimentos e comercialização, as novas tecnologias trouxeram avanços significativos tanto na gestão de processos burocráticos quanto no controle das operações.
Neste artigo, você vai conferir quais são as principais tendências em tecnologia para o setor do agronegócio e de quais maneiras é possível se manter atualizado com esse progresso!
Um panorama sobre a tecnologia no agronegócio
O agronegócio é um setor primordial para a economia do nosso país e, por isso, o Brasil tem desenvolvido tecnologias inovadoras no setor que chamam a atenção de outros países para o que temos feito em nossas terras, especialmente no que se refere às técnicas de manejo e cultivo praticadas.
O desenvolvimento das tecnologias no agronegócio brasileiro não é uma particularidade das grandes empresas. Também graças às AgTechs, alcançamos altos níveis de precisão no gerenciamento das atividades rurais, além de garantir melhores condições de trabalho para a nossa mão de obra, com resultados muito positivos na qualidade de vida desses profissionais.
Em vista disso, é um consenso que a atividade rural hoje no Brasil está passando por uma transformação digital. É verdade que temos um país de proporções continentais, e a realidade varia de uma região para outra. Ainda existem áreas que precisam evoluir no básico para aprimorar seus meios de produção. Mas, de forma geral, as mudanças têm impactado o setor de maneira significativa.
O movimento tecnológico no campo vem crescendo no país. Já é possível ver drones para o monitoramento de lavouras e gado, agricultura de precisão, sensores e até robôs em algumas tarefas do processo produtivo.
Para que essa transformação seja possível, é indispensável garantir investimentos na conectividade no campo. O censo agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que dos 5 milhões de estabelecimentos rurais, somente 1,4 milhão contam com uma conexão com a internet. Esse, portanto, representa um entrave importante para o desenvolvimento.
Porém, vale ressaltar que, em 2006, o número de produtores rurais que tinha acesso à internet era de apenas 75 mil. Dessa forma, tivemos um crescimento de 1.900% em 11 anos, a maior parte (909 mil) por meio das redes de telefonia móvel.
4 tendências para o agronegócio
Em grande parte, o avanço do agronegócio depende da aplicação de tecnologias que possam otimizar diferentes processos das atividades rurais. E já existem muitas ferramentas funcionando a pleno vapor. Confira algumas delas que já são tendência!
1. Business Intelligence — BI
BI é uma sigla já muito conhecida no mundo corporativo e está invadindo o agro. As soluções de Business Intelligence abrangem softwares capazes de coletar e interpretar um grande volume de dados (Big Data) a fim de auxiliar o gestor na tomada de decisões. Em outras palavras, o sistema coleta todos registros sobre o negócio e a produção, como quantidade de insumos disponíveis, potencial produtivo da fazenda e situação financeira, para apontar tendências e gerar relatórios.
2. Sistema de gestão integrada em campo
O crescimento do agronegócio também está relacionado à gestão das operações. E há no mercado inúmeros softwares e apps para celulares que auxiliam o produtor rural na gestão de custos e de operações do empreendimento.
Esses sistemas reúnem e integram dados do negócio em uma só plataforma de gestão, de forma facilitada e rápida. Conhecidos como ERPs, eles auxiliam na administração de diferentes processos, como estoque, faturamento, vendas, produção e compras.
3. Drones
Drones são veículos voadores não tripulados que sobrevoam os locais com o objetivo primário de capturar imagens aéreas e já são utilizados em atividades agropecuárias para monitorar o desenvolvimento da lavoura e detectar e localizar gado.
Um avanço interessante divulgado pela Embrapa na aplicação dessa ferramenta foi a criação de um algoritmo (software) que é capaz de reconhecer e contar automaticamente o gado por meio de imagens coletadas com câmeras 360 graus embarcadas em drones. Há projetos em andamento que visam usar a mesma tecnologia para avaliar a situação de cada animal, como medidas corporais e saúde.
4. Sensoriamento
Na agricultura, a instalação de sensores em cada talhão (porção do terreno) é feita para coletar dados relevantes sobre as plantas, o solo, as condições climáticas (temperatura e umidade, por exemplo) e outros aspectos que interferem no desenvolvimento da lavoura.
Na pecuária, essa tecnologia é igualmente produtiva. É possível monitorar a distância as condições físicas dos ambientes onde estão instaladas granjas, por exemplo, e emitir alertas em tempo real para corrigir problemas e elevar a produtividade. Na criação de suínos, os sensores são instalados nos locais onde o rebanho descansa para monitorar em tempo real condições de ventilação, temperatura e níveis de ruído emitidos pelos animais.
As aplicabilidades do sensoriamento são variadas e percorrem diversas etapas, não somente da produção, mas também da logística da cadeia de abastecimento, da fazenda ao consumidor final.
A preparação para um novo mercado
Um agronegócio tecnológico exige profissionais preparados para lidar com esse novo modelo de trabalho. No entanto, um dos grandes gargalos relacionados à escassez de mão de obra no campo está relacionado à falta de qualificação desses profissionais.
As novas tecnologias já estão presentes não apenas em grandes propriedades, mas também em pequenos empreendimentos. Décadas atrás, o produtor apenas lançava a semente e a produção já vinha. Hoje, a agricultura precisa de tecnologia para ter uma produtividade no mínimo satisfatória.
É bom lembrar que a tecnologia no agronegócio não se restringe ao digital ou à mecanização das operações. Ela se traduz em pesquisas e conhecimentos que produzem vacinas para o gado, produtos fitossanitários para controle de pragas, sementes resistentes, rastreabilidade ao longo da cadeia de abastecimento e técnicas de gestão de informações.
Diante desse cenário, o profissional do agronegócio precisa de qualificação constante para acompanhar essa evolução e aprimorar sua habilidade e seus conhecimentos. Pois, no fim das contas, de pouco valor seria contar com toda essa tecnologia se os trabalhadores não conseguem gerenciá-las.
Essa capacitação pode vir por meio de cursos específicos, eventos e feiras do setor. Então, faça um levantamento das suas necessidades, conforme a atividade exercida pelo negócio, e procure instituições em sua região que possam dar a formação desejada.
A tecnologia no agronegócio continuará evoluindo, e é importante que todos os agentes que contribuem para o setor estejam abertos para a inserção de novas ferramentas responsáveis por modificar e aprimorar os meios de produção.
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