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A dupla de Robótica Móvel Emerson Moraes e Cristiano Nunes, alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e que integra a Delegação Brasileira que vai à WorldSkills Kazan 2019, teve uma semana de treinamento com o expert japonês Yuta Imai. Ele é engenheiro mecânico da empresa japonesa Denso, responsável pelo treinamento da equipe de Robótica do Japão e da coordenação de aplicação de robôs móveis dentro da própria empresa.

No treinamento, realizado em Brasília, as atividades foram voltadas ao desenvolvimento do robô que será utilizado na competição de 22 a 27 de agosto, em Kazan na Rússia. A dupla de Santa Cruz do Sul é treinada por Paulo Villiger.

Outros dois alunos gaúchos, Carlos Augusto Brys, vencedor em Instalações Elétricas Prediais; e Leonardo de Moraes, primeiro lugar em Manutenção Industrial, também estão em treinamento em Brasília. A aluna Andressa Batista de Souza, campeã na ocupação Tecnologia de Mídia Impressa, é a única do grupo que treina no Rio Grande do Sul (Senai Artes Gráficas, em Porto Alegre). O Brasil está preparando 59 competidores para 53 modalidades. Na área industrial, são 46 ocupações diferentes, como manutenção industrial, robótica móvel, mecatrônica, refrigeração, gestão de sistemas de rede em tecnologia da informação, entre outros. A maioria dos representantes brasileiros estuda no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em ocupações ligadas ao comércio e serviços, são sete representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

No entanto, o treinamento nessa última etapa pré-Kazan não garante a ida à Rússia. “Se o competidor não atinge o índice internacional, a gente não leva, porque, além dos custos financeiros, ainda contribui para diminuir a posição brasileira no ranking”, explica Marcelo C. Mendonça, team leader da delegação brasileira. De acordo com Marcelo, duas provas são realizadas antes de Kazan para atestar a excelência do competidor. “Até então, eles são os melhores do Brasil, mas eles precisam ser os melhores do mundo”, complementa. A rotina dos competidores é exigente. Estar na elite do ensino profissional brasileiro pede disciplina, força de vontade, capacitação e muito treino. Os competidores acordam cedo, fazem ginástica, tomam café da manhã e seguem para os centros de treinamento, onde ficam de 8h às 18h. Em Brasília são três endereços: um no Setor de Indústrias Gráficas, outro no Guará e um terceiro em Taguatinga.

Na última edição, em 2017, em Abu Dhabi, o Senai-RS teve seis alunos representando o País em quatro ocupações. Conquistaram o ouro em Mecatrônica (Gustavo Andreola e Lucas Tochetto) e Tecnologia em Mídia Impressa (Murilo Antunes da Silva), prata em Joalheria (Andrei Chiesa) e certificado de excelência em Robótica Móvel (Theodoro Flores Cardoso e Guilherme Rabuske). O Brasil ficou em segundo lugar.

Organizado pela WorldSkills International – entidade que trabalha, desde 1950, para o desenvolvimento e a excelência das ocupações técnicas, o torneio reúne , de dois em dois anos, competidores de países e regiões das Américas, Europa, Ásia, África e Pacífico Sul. A expectativa brasileira para este ano é estar entre os melhores times do mundo e, se possível, repetir o feito obtido em São Paulo, em 2015, quando a equipe foi a grande campeã. Na edição de Kazan, 70 países e 1, 5 mil competidores participarão.

Crédito foto: José Paulo Lacerda

Publicado quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2019 - 0h00
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