A 17ª edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação iniciou na última segunda-feira com a visita aos Institutos Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros e o de Soluções Integradas em Metalmecânica, ambos em São Leopoldo. O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado a receber o evento, promovido pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela Confederação Nacional da Indústria e Senai e que, nesta edição, contou com grupos de militares que puderam conhecer centros de conhecimento ao longo da semana com o objetivo de aproximação com a indústria. A comitiva, com cerca de 30 pessoas entre empresários e militares, depois do Rio Grande do Sul, esteve em Santa Catarina (16), São Paulo (17), Minas Gerais (18) e Bahia (19).
“O evento é importante porque faz a aproximação entre a indústria, forças armadas e a academia. Temos oportunidade de visitar vários institutos de inovação do Senai mostrando a potencialidade e a capacidade, a tecnologia e a inovação que permeiam as atividades da Confederação Nacional da Indústria e de seus Institutos”, ressaltou o vice-presidente da CNI e presidente do Conselho Temático da Indústria de Defesa (Condefesa) da entidade, Glauco Côrte. “Temos feito, a partir da criação do Condefesa, uma aproximação com as Forças Armadas e as perspectivas de negócios, sobretudo na área de novas tecnologias e inovação, são concretas e positivas e certamente produzirão bons frutos”, disse ele.
O coordenador do Comitê da Indústria de Defesa e Segurança do Rio Grande do Sul (Comdefesa) da FIERGS, José Luiz Bozzetto, afirmou que uma indústria competitiva depende muito da tecnologia para gerar produtos que atendam mercados mais sofisticados. “A FIERGS quer uma indústria que agregue valor aos seus produtos e eventos como este permitem justamente o desenvolvimento de produtos com mais tecnologia o que é muito importante, pois aproxima integrantes deste ecossistema. O País precisa, para gerar riqueza, de um ecossistema que agregue valor a seus produtos”, completou. O diretor-regional do Senai-RS, Carlos Trein, afirmou que a instituição pode contribuir no desenvolvimento de um produto, ou na substituição de um produto importado. “Aqui estamos recebendo a visita de representantes do Exército e já identificamos algumas áreas que podemos contribuir, quer no desenvolvimento de novos materiais ou substituindo materiais existentes ou com modernas tecnologias de sensoriamento, reconhecimento visual e outras, que podem incorporar e melhorar produtos nacionais”, enfatizou.
Uma parceria requer confiança entre as partes, segundo o especialista de Desenvolvimento Industrial do Senai Nacional, Alberto Pavim. “Este evento traz uma sinergia muito positiva entre os atores do ecossistema de inovação. Ele permite que os atores se conheçam e comecem um diálogo franco de demonstração de potencialidades e competências”, disse ele.
Além dos Institutos de Inovação do Senai-RS, o grupo tem no seu roteiro o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados (SC), Fundação Certi (SC), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP), Instituto Senai de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais (MG), Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies (MG), e Senai Cimatec (BA).