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A transformação digital e a Indústria 4.0 já são realidades no mercado. O momento é de inovação acelerada, e cada passo pode representar um diferencial importante frente à concorrência. Nesse sentido, a maioria das organizações já discute o assunto e busca formas de entrar nesse processo. Afinal, em que nível de maturidade digital a sua empresa se encontra?

Identificar esse estágio pode ser um grande desafio — mas ele será enfrentado com tranquilidade se o conhecimento necessário estiver a seu favor. Pensando nisso, criamos este conteúdo especial para esclarecer o assunto de forma definitiva.

Começaremos pelas diferenças entre transformação digital e maturidade digital, para então mostrarmos os principais desafios e as previsões para o futuro. Por fim, detalharemos quais são os estágios e como atingir um alto nível de maturidade nesse cenário. Confira!

As diferenças entre transformação digital e maturidade digital

A velocidade dos avanços tecnológicos se tornou, nos últimos anos, um fator disruptivo no mercado como um todo. Organizações de qualquer setor e tamanho passaram a atuar de forma mais marcante no ambiente digital, usando a inovação como estratégia de negócios. Afinal, basta uma única ideia — impulsionada pela tecnologia certa — para quebrar um paradigma e revolucionar o mercado.

Tendo isso em mente, a transformação digital passou a ser compreendida como o processo de adoção de ferramentas tecnológicas e estratégias de uso do ambiente digital nas organizações. O objetivo central é justamente tirar proveito dessas oportunidades. Na prática, isso aproxima as operações, gerando ganhos financeiros, de compliance, colaboração e governança.

Na Indústria 4.0, por exemplo, dois expoentes da transformação digital são a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IoT) — sempre alinhadas, é claro, a métodos de análise de grandes volumes de dados (Big Data) para automatizar as tomadas de decisão.

Já o conceito de maturidade digital se refere ao nível de engajamento da empresa nesse processo. Grosso modo, é uma forma de mensurar o quão adaptada ao novo cenário a organização está. No contexto acima, um dos objetivos é diagnosticar o quão próximo do modelo da Indústria 4.0 uma empresa se encontra. Isso diz muito sobre sua capacidade de competir em um mercado amplamente digitalizado.

Os desafios e o futuro da maturidade digital

Brazil Digital Report, um relatório desenvolvido pela McKinsey & Company, mostra que uma grande parcela dos brasileiros está conectada às redes — mais precisamente 67%, enquanto a média global é de 53%. Porém, como indica a pesquisa, a inovação no mercado do país ainda enfrenta alguns obstáculos. Os motivos são variados.

Um dos principais desafios para qualquer organização — tanto no setor público quanto no privado — é a resistência das equipes a mudanças. Quanto mais inovador um processo ou uma tecnologia, menos seguro o profissional tende a se sentir. Afinal, na visão dele, se algo estava dando certo do jeito antigo, por que mudar?

Por isso, conscientizar os colaboradores é uma tarefa essencial para ganhar maturidade. Isso esbarra, entretanto, em outro desafio: a falta de mensuração. Na prática, as empresas ainda não estão habituadas a avaliar em que passo elas estão. Logo, é difícil engajar os funcionários sem que os objetivos sejam claros para os próprios empreendedores e gestores.

Somado a isso, temos um excesso de informações e tendências, o que dificulta a definição das prioridades. Em geral, esse é um bom ponto para começar: conhecer as novas tecnologias e como elas se relacionam com o mercado em que você atua; depois, definir suas prioridades e envolver os colaboradores nessa transição, demonstrando como todos são beneficiados.

A perspectiva, por sua vez, é bem animadora. O DT Index II (Índice de Transformação Digital), divulgado em 2018, traz o Brasil na segunda posição do ranking mundial de maturidade e na liderança do ranking das Américas, estando à frente até mesmo dos Estados Unidos.

A tendência é que a Experiência do Usuário (UX) seja um critério cada vez mais valorizado para o desenvolvimento de produtos e serviços. Isso demonstra que a mensagem está sendo captada. O próximo passo, então, é transformar o plano em realidade.

Os estágios da maturidade digital em um negócio

A porta de entrada para a transformação digital é a definição de valores e objetivos. Isso significa estabelecer a direção dos investimentos de acordo com o core business da empresa. Isso envolve muito comprometimento do CEO e dos gestores, já que eles devem representar, para os colaboradores, os valores que a empresa está assumindo.

Esse estágio inicial gera uma transição a partir do investimento. Quando isso é feito, a empresa entra na fase conhecida como Launch and Acceleration — Lançamento e Aceleração. Um ponto importante é o uso da tecnologia para expandir e humanizar o contato com o consumidor.

Repensar a forma de atender os clientes é um bom exemplo disso. Trata-se de um ponto de contato comum entre qualquer organização e seu público-alvo. A integração de canais de atendimento em uma abordagem omnichannel, por exemplo, otimiza esse processo e gera diversos benefícios, como redução de custos, economia de tempo, etc.

Na Indústria, isso permite expandir a capacidade de customização em massa, atendendo demandas cada vez mais específicas de cada cliente. Esse ganho de velocidade leva ao estágio mais avançado, no qual os clientes sentem o impacto dessas mudanças.

Novas estratégias e tecnologias entram na estratégia da empresa com o objetivo de desenvolver uma estrutura operacional inovadora. Neste ponto, a dinâmica interna da empresa alcança um alto nível de customização, gerando diferenciais e oportunidades que ajudam a manter o ritmo dos avanços.

3 formas de atingir a maturidade digital nas empresas

Algumas iniciativas ajudam a avançar nesse processo com mais assertividade sobre os resultados que podem ser alcançados. Atenção às dicas a seguir:

1. Direcione as ações para a prática

Quando o assunto é inovação tecnológica, o que não falta é opção para investir. Entretanto, é fundamental ser objetivo naquilo que a empresa busca, levando em conta o impacto que uma ferramenta ou um método causa nas operações.

Na indústria, por exemplo, é possível adotar a IoT para coletar dados em tempo real e identificar problemas de desempenho em equipamentos antes que ocorra uma quebra — ou seja, para elevar a análise preditiva a um novo patamar.

2. Tenha um olhar apurado sobre as novas tendências tecnológicas

Ter atenção às novidades permite separar, no contexto de cada organização, o que é pura sofisticação daquilo que realmente agrega valor. Isso exige, por sua vez, ir um pouco mais a fundo na busca por conhecimento.

Não basta saber, por exemplo, que a IA otimiza processos — devemos entender como. Um chatbot (robô virtual) que agiliza o atendimento ao cliente, tirando dúvidas e direcionando casos mais específicos para os técnicos, é um bom exemplo de uma aplicação efetiva e com resultados mensuráveis. Neste sentido, é importante saber correlacionar o impacto da tecnologia em cada situação.

3. Integrar processos e informações

Uma das tendências da transformação digital — que, inclusive, diz muito sobre a maturidade da empresa — é a integração de dados e processos. Centralizar sistemas de gestão em um único lugar gera ganhos de tempo e redução de custos, além de ajudar a alinhar diferentes departamentos em torno dos mesmos objetivos. Por isso, a tecnologia adotada pode ser bem variada, mas ela deve visar à simplificação e aproximação das atividades.

Como você viu no post, a maturidade digital é um caminho que cada empresa deve trilhar à sua própria maneira. Entretanto, há maneiras de estruturar esse processo para ter mais controle sobre os resultados e investir com eficácia. Coloque essas dicas em prática e promova a cultura da inovação na sua empresa!

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Por Redator Senai
segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2020 - 10h10

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