Projeto de protótipo do Senai vira ferramenta de combate à Covid

Idealizado para sanitização de produtos submetidos à radiação ultravioleta (UVC) e ao gás ozônio (O3), um projeto de protótipo desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros virou um importante aliado na luta de combate à Covid. Para fazer o desenvolvimento da pesquisa,  a empresa Bella Moda Ltda buscou o apoio do Instituto Senai por meio de um projeto Embrapii.

O Senai construiu um protótipo que utiliza as duas tecnologias (radiação UVC e gás ozônio) para uso na desinfecção de produtos, após exposição a estes agentes. Durante o projeto foram testados alguns produtos como dispositivos médico-hospitalares, ferramentas manuais, embalagens alimentícias e EPIs como máscaras e aventais, não só para avaliar a efetividade de sanitização, mas também a possível degradação destes produtos quando expostos a UVC e ozônio. “Os produtos contendo materiais poliméricos, após submetidos a esterilização por até 168h no protótipo, não apresentaram alterações significativas em suas propriedades iniciais como resistência mecânica ou química. Este tempo equivale a mais de 100 ciclos de esterilização”, explica André Luís dos Santos da Silva, analista técnico do Instituto, que coordenou o projeto com o também analista técnico Régis Cardoso.  André conta que paralelamente foi verificada a eficácia do uso do protótipo na esterilização de produtos contendo materiais poliméricos, em um laboratório terceirizado, que relatou uma redução de carga viral superior a 99,9% contra cepas do coronavírus e de outros patógenos hospitalares.

Após os testes e com os resultados alcançados, a empresa Bella Moda então disponibilizou o protótipo para o Centro de Formação Profissional Senai Antonio Bins, localizado junto ao Instituto, em São Leopoldo, para desinfecção de ferramentas, instrumentos e acessórios utilizados nas aulas práticas dos cursos de processamento de polímeros e de elétrica. “O projeto foi entregue e o protótipo está ajudando o Senai na prevenção da contaminação de alunos, técnicos e instrutores, contra o coronavírus em suas instalações”, concluiu André.