O projeto de Bioeconomia do Senai-RS, realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, apresentou esta semana a primeira entrega, do relatório de mapeamento de Biomassa do Rio Grande do Sul e identificação de áreas de oportunidade. O projeto tem como objetivo apresentar necessidades futuras e desenvolver tecnologias a partir de recursos biológicos e renováveis, com propósito de gerar produtos e serviços sustentáveis orientados para a descarbonização da indústria, considerando o âmbito da bioeconomia brasileira e impulsionando este mercado emergente de grande impacto ambiental, social e econômico.
Conforme o mapeamento, a produção agrícola do Estado está concentrada entre soja, arroz, milho e trigo. Além dos cereais, também apareceram mandioca, uva, cana-de-açúcar, maçã, batata inglesa, laranja, fumo, melancia e erva-mate. Os produtos industriais relevantes foram identificados como abate e fabricação de produtos de carne, moagem, fabricação de produtos e de alimentos para animais, fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais. Os resíduos sólidos industriais (RSI) com maior volume gerados em 2023 no RS são papel e cartão (246 Mi quilogramas) e lodos do tratamento local de efluentes (123 Mi quilogramas).
As maiores oportunidades das áreas da bioeconomia são biocosméticos com ingredientes provenientes de biomassa, biossolventes, materiais bio-based, desenvolvimento de polímeros mais sustentáveis com biomassa renovável e tecnologias inovadoras. Também aparecem como oportunidades a fabricação de biossensores (integração entre áreas de sensoriamento e polímeros), biofertilizantes, biodefensivos agrícolas e biocombustíveis.
