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A 4ª Revolução Industrial chegou e sua implantação é irreversível. As empresas que ignorarem esta demanda correm o risco de perder competitividade, deixando de se destacar perante clientes, fornecedores e parceiros. Isto porque os impactos da indústria 4.0 são muitos — e conhecer todos eles é uma forma de se diferenciar.

Com a ideia de descentralização do controle dos processos produtivos e a integração de diferentes dispositivos inteligentes, esse novo cenário se tornou fundamental para os negócios. Ao mesmo tempo, trouxe mais precisão e eficiência às operações.

Mas de que forma isso acontece? Quais efeitos são sentidos na sociedade, na indústria e nos negócios? Essas são algumas das perguntas que vamos responder neste conteúdo. Acompanhe!

O papel da transformação digital na indústria 4.0

A transformação digital consiste em usar as tecnologias e integrá-las a todos os aspectos empresariais. Isso exige mudanças nos processos de produção, assim como na cultura organizacional, na execução de atividades e na entrega de valor.

Em outras palavras, esse novo contexto foi incorporado pelo setor industrial e o modificou. As novas tecnologias interligaram os mundos físico e digital, além de terem a área biológica como uma variável extra.

Ao mesmo tempo, as mudanças levaram a um novo comportamento dos consumidores, que passaram a ter papéis centrais na estratégia das empresas. Novos produtos e serviços são criados, assim como funcionalidades são agregadas sempre com o foco em melhorar a experiência dos clientes.

O relacionamento entre usuários e empresas também é fortalecido, inclusive com a redução das barreiras de comunicação. Com isso, a interação entre consumidores e marcas é o foco. O conhecimento gerado a partir disso leva ao aprimoramento constante dos resultados, que agrega um diferencial competitivo.

As empresas também têm mais oportunidade de coletar dados sobre os usuários, a fim de compreender seus comportamentos, suas preferências e suas rotinas. Tudo isso ajuda a oferecer uma experiência mais personalizada e a aumentar o engajamento.

Assim, fica claro que, mais do que as mudanças na sociedade, a transformação digital implica modificações nos processos produtivos. É preciso alterar a cultura organizacional e implementar uma mentalidade tecnológica e que visa a melhoria contínua.

Por isso, esse novo cenário deve ser embasado em fatores processuais, culturais e humanos. Para chegar a esse patamar, várias práticas precisam ser adotadas, como:

  • integração entre diversas áreas da empresa;
  • acesso simplificado às informações;
  • adoção de métodos decisórios e de acompanhamento de desempenho;
  • estímulo à exploração de novas ideias, a fim de que os setores sejam capazes de testar, aprimorar e aumentar a inovação;
  • pesquisa sobre ferramentas e tecnologias em evidência, para melhorar o apoio à gestão;
  • criação de hábitos de aprendizado e atualizações constantes, a fim de aumentar o engajamento;
  • investimento em automação e otimização dos métodos operacionais, com o objetivo de ter um trabalho mais eficaz e eficiente.

Os desafios da indústria 4.0

A indústria 4.0 tem como prerrogativa a era dos sistemas ciber-físicos. Para isso, trabalha os seguintes princípios:

  • operação em tempo real, com tomadas de decisão instantâneas;
  • virtualização, com cópia das fábricas inteligentes para rastrear e monitorar os processos por meio de sensores;
  • descentralização, sendo que cada máquina fornece informações sobre seu ciclo de trabalho e oferece formas de trabalho distribuídas, com o objetivo de aprimorar os processos;
  • orientação a serviços;
  • modularidade, para fazer a produção sob demanda e conectar ou desconectar os módulos de produção.

Dentro desse contexto, existem também desafios próprios da indústria 4.0. Confira alguns dos principais! 

Segurança da informação 

As possíveis falhas de transmissão na comunicação máquina a máquina e os potenciais defeitos e atrasos geram problemas produtivos. Mais que isso, a conectividade requer um cuidado extra com os dados, a fim de proteger a confidencialidade das informações.

De acordo com uma pesquisa da IBM, o custo médio da violação de dados no Brasil chega a R$ 1,24 milhão. O mesmo levantamento ainda indicou que o país é o mais propenso a sofrer invasões, com um risco de 43% para as empresas. Fica claro, portanto, a necessidade de investir nesse quesito.

Custo de implementação

As novas tecnologias, inerentes e necessárias para a indústria 4.0, têm um alto valor de implementação. Apesar de trazer retorno em otimização de processos, qualidade do trabalho final e aumento da eficácia dos equipamentos, pequenas empresas podem encontrar dificuldades ao fazer esse investimento.

Ainda assim, é importante se preparar. Segundo o McKinsey Global Institute, os pioneiros na adoção da inteligência artificial aumentarão seu fluxo de caixa em 122% até 2030. Quem permanecer atrasado por mais tempo, terá um crescimento de apenas 10%. Estes dados mostram que é necessário preparar a empresa para se ajustar às demandas do mercado.

Os impactos da indústria 4.0

As mudanças da transformação digital e os desafios a serem superados pela indústria 4.0 já têm impactos sendo sentidos no Brasil. Os reflexos atingem sociedade, indústria e negócios. Entenda como as alterações afetam cada um desses segmentos.

Sociedade

As pessoas, cada vez mais, influenciam o setor industrial. As tendências de personalização e foco no cliente exigem que as empresas mudem suas relações de consumo. Com isso, o aspecto principal é a integração e a colaboração.

Para se adaptar, as empresas precisam efetivar uma produção mais limpa, a fim de atender à demanda de sustentabilidade derivada da sociedade. Entra aqui o consumo mais consciente e a produção em menor escala e de forma personalizada. Assim, a tecnologia é melhor explorada.

Perceba que, a partir de agora, há uma inversão do contexto. Se antes a indústria embasava as tendências a serem seguidas pela sociedade, agora é esta última que influencia a primeira.

Indústria

As empresas brasileiras têm o desafio de encontrarem mão de obra qualificada. Os profissionais nem sempre estão capacitados para lidar com as novas tecnologias. Muitos ainda estão na 2ª ou na 3ª Revolução Industrial. Por isso, não dominam os conhecimentos necessários para enfrentar os impactos gerados pela indústria 4.0.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostrou que a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro passou de 21,4% para 12,6% em 50 anos. Ao mesmo tempo, o Senai acredita que, até 2023, haverá um crescimento médio de 8,5% nas ocupações industriais.

Isso vai requerer nova capacitação dos trabalhadores. "Existe uma revolução industrial acontecendo no mundo, e a indústria brasileira está acompanhando. Isso requer um esforço de requalificação", destacou o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. A expectativa é de que 10,5 milhões de profissionais precisem se preparar para esse novo cenário.

O aumento da demanda será, principalmente, no setor de TI, mas também surgirão outras funções. Um estudo da BCG, por exemplo, evidencia que a quantidade de empregos, por conta da indústria 4.0, deve crescer 6% na Alemanha até 2025.

Negócios

Um dos impactos da 4ª Revolução Industrial é mudar os processos produtivos e os fluxos de trabalho da indústria, criando diferentes formas de negócios. Uma pesquisa da Deloitte, por exemplo, indicou que 39% dos entrevistados brasileiros acreditam que os meios tecnológicos oferecem diferencial competitivo.

Além disso, o surgimento de novos métodos de trabalho e o uso de sistemas e sensores inteligentes faz com que as fábricas se tornem inteligentes e aumentem a precisão da indústria. Um exemplo é a simulação digital, que reproduz de forma virtual os processos e os ambientes de desenvolvimento e manufatura fabril.

Assim, é possível otimizar os processos, reduzir os erros e aumentar a qualidade do trabalho final. A consequência é a satisfação dos clientes e a possibilidade de favorecer a fidelização.

Com essa explicação, fica mais fácil perceber os impactos da indústria 4.0 no Brasil. A mudança é fundamental para os negócios — e ficar para trás representa perda de competitividade. Por isso, é preciso focar o investimento e o retorno que ele trará nos próximos anos. Afinal, vai valer a pena!

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Por Redator Senai
segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2020 - 17h17

Comentários

Muito bom texto, gostaria de ver mais textos falando de indústria 4.0, Internet das coisas e sobre o mercado de TI

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