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Alunos da Escola Sesi de Sapucaia do Sul conquistam segundo lugar em competição nacional de foguetes

Três alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Sesi Arthur Aluízio Daudt, de Sapucaia do Sul, começaram com trajetória ascendente sua participação na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Disputando pela primeira vez a competição, que está na 17ª edição, os estudantes conquistaram a segunda colocação na quarta turma – pela quantidade de equipes no país, a disputa é dividida em 12 turmas e realizada em diferentes datas. O evento com a presença dos gaúchos ocorreu entre 28 e 31 de agosto, em Barra do Piraí (RJ).

O objetivo da competição é construir e lançar, obliquamente, foguetes a partir de uma base de lançamento, o mais distante possível. O time sapucaiense, nomeado como Rosa Parks (em referência à turma de mesmo nome na escola onde estudam e uma homenagem à ativista antirracista estadunidense), duelou com outros 69 grupos de instituições de ensino públicas e privadas de todo o país. Arthur Murillo Pinto Rocha, Eduardo Godoy da Fonseca e Bruno de Souza dos Santos foram os jovens que se lançaram na aventura, com orientação do professor de matemática Cristian Adriano Garcia de Oliveira.

Conforme o educador, tudo começou em uma aula sobre estudo de movimento, em 2022, na qual foram feitos foguetes de garrafas pet e outros materiais leves (como papéis) que são impulsionados pela mistura de vinagre e bicarbonato de sódio. Na parte prática, para chegar a MOBFOG, os protótipos precisavam atingir uma distância de, pelo menos, 100m para serem classificados. Além disso, os estudantes tiveram de passar por provas teóricas, realizadas em maio deste ano. O lançamento que possibilitou a conquista na mostra atingiu 140m.

“Foi uma conquista de muito orgulho. A escola nunca tinha participado dessa jornada, então era tudo muito novo. As pesquisas que fizemos eram baseadas em coisas que já existiam, mas que não tínhamos contato pessoal. E, ao meu ver, a construção que os meninos tiveram até o ponto de ir para a mostra não deve chegar nem a 10% de todo o conhecimento que eles obtiveram nos três dias do evento, tendo contato com outras escolas, outras culturas. Sejam escolas com mais e menos estrutura. E eles conseguiram fazer esse paralelo e entenderem de onde vêm”, avalia o professor Oliveira, complementando que se abrem portas para os alunos seguirem pesquisando no segmento da aeronáutica, que é amplo e está em expansão.

Arthur Murillo Pinto Rocha, 17 anos, reforça a percepção do professor. Conforme o estudante, o contato pessoal com colegas de outras localidades e a vivência foram marcantes.

“Não era muito esperado o nosso resultado, pois era nossa primeira vez. Mas foi uma experiência muito boa. Foram vários ensinamentos, desde a criação do foguete, de focar e criar projetos para fazer esse lançamento. E socializar lá também foi importante, porque eles pautam muito isso, de sempre estar conversando com outras pessoas, trocando informações e tirando algumas dúvidas com os participantes”, ressalta Arthur, que considera seguir carreira na Engenharia Aeronáutica.

De acordo com a diretora da escola, Marta Moraes Bitencourt a participação neste tipo de competição está alinhada ao propósito do modelo educacional do Sesi-RS de promover aprendizagens significativas a partir da prática. "Os estudantes são desafiados a aplicar os conceitos da matemática e da física, com os cálculos da rota do foguete, por exemplo, em situações reais. A teoria faz sentido", afirma a educadora.

Conforme o professor Oliveira, no restante do ano a equipe vai aplicar os ensinamentos adquiridos durante a mostra para aprimorar o foguete e voltar ao evento em 2024. A MOBFOG é realizada anualmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

Publicado sexta-feira, 1 de Setembro de 2023 - 16h16
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