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Duas equipes do Sesi–RS, das escolas de Ensino Médio de Sapucaia do Sul e de Gravataí, estão se preparando para um novo desafio.

O First Tech Challenge deu a missão para 16 grupos de alunos do Sesi de todo o Brasil de serem os pioneiros na competição piloto, que será realizada no Rio de Janeiro, em março, durante o torneio nacional de Robótica da First Lego League. Diferente da FLL, a FTC tem como players jovens de até 18 anos que estejam cursando o Ensino Médio. Neste desafio, as equipes, formadas por três a 12 jovens, têm que fazer com que um robô cumpra determinadas missões, levando em consideração os aspectos elétricos, mecânicos, de design e de engenharia, inclusive com a prototipagem e produção de peças de acordo com as necessidades do robô. Também são avaliados pelo trabalho em equipe, o Caderno de Engenharia, que detalha todas as ações do grupo (com erros, tentativas e acertos), e ações junto à comunidade, buscando o incentivo da Ciência e Tecnologia.

O primeiro desafio, intitulado, Rover Ruckus (Aventura espacial), tem minérios e o espaço como cenário. O robô do FTC terá de cumprir missões, de maneira autônoma e por rádio controle, em uma arena que também tem como tema o espaço. No desafio, os robôs precisam recolher minerais na superfície de um outro planeta. Diferentemente do Torneio de Robótica, se por acaso a máquina der alguma pane na arena do FTC, o competidor não poderá interferir. Haverá disputas em duplas e individuais. Quem recolher mais minerais, conquista a vitória. A melhor equipe ganha uma vaga para o World Festival, nos Estados Unidos. 

No FTC, as equipes são avaliadas não apenas pelos robôs, mas também pelo envolvimento com a comunidade, como, por exemplo, uma simples campanha para arrecadar brinquedos para alguma entidade. São avaliadas ainda pelo relacionamento com outras equipes e a maneira como levam ciência e tecnologia para o maior número de pessoas.

Os juízes estão de olho em tudo: não só na arena, mas na forma como a equipe trabalha, valorizando o ”trabalho em equipe” e o Caderno de Engenharia. O principal prêmio, porém é o Inspire Award. Ele é dado para a equipe mais regular da competição, que tem um bom robô, que tem um caderno de engenharia detalhado e organizado, que tem boas ações com a comunidade. A equipe que receber o Inspire Award será credenciada para a Etapa Mundial que acontecerá em Houston em abril com 108 equipes e apenas uma brasileira.

O First Tech Challenge está a serviço do desenvolvimento de competências básicas para o novo mundo do trabalho, já que resolve problemas complexos por meio da tecnologia. “A nova escola precisa vencer o desafio de consolidar as competências de ler, escrever e resolver problemas com qualidade, associado ao compromisso de formar para o mundo do trabalho que está cada vez mais complexo e tecnológico. Neste sentido, o FTC é um facilitador da aprendizagem, pois conversa com culturas juvenis e com o raciocínio de competências que atingem às necessidades atuais. Além disso, mobiliza outras qualidades sócio-emocionais que também são necessárias para o desenvolvimento desta nova sociedade”, explica a gerente de Educação do Sesi-RS, Sônia Bier. 

Os alunos estão engajados no projeto. “Muito da nossa vontade de compartilhar o estudo da ciência e tecnologia se dá graças ao ambiente escolar diferenciado que estamos inseridos”, explica Artur Matias, de 16 anos, estudante do segundo ano do Ensino Médio da Escola Sesi de Gravataí. “Aqui no Sesi-RS dispomos de um espaço maker para construirmos nosso robô. Trata-se de local totalmente inovador, onde somos incentivados a “por a mão na massa” e fazermos nós mesmos o que temos em mente”, conta ele, que integra a equipe com outros cinco alunos. As duas equipes, intituladas BahTech e TchêStorm, abriram mão de parte das férias escolares para iniciar o projeto nos FabLearns das Escolas de Ensino Médio do Sesi RS.

Publicado Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2019 - 0h00
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