Foram em torno de seis encontros com os estudantes para desenvolver o protótipo do aplicativo. As mentorias ocorreram na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, bem como na instituição de ensino em Campo Bom e na Escola Sesi de Ensino Médio de São Leopoldo.
Desde a premiação, ao perceber a relevância da iniciativa para questões psicológicas — uma das bandeiras do Sesi na área da saúde —, profissionais da instituição passaram a dar suporte aos jovens responsáveis pela ideia. A ajuda, que começou em abril, contemplou encontros com mentorias. A psicóloga Lívia Anicet, analista técnica especializada plena da Gerência de Saúde Mental e Inovação, afirma que o objetivo do último encontro é refletir sobre o trabalho em parceria realizado até o momento: “Temos acompanhado e conseguido discutir com eles o que é importante, que cuidados devemos ter quando se trabalha essa temática da saúde mental com os jovens. Reunimos os estudantes e conversamos sobre gestão de emoções, como foi construir o momento”.
A designer Jeniffer Cavalheiro, que atua como analista de tecnologia no Sesi, não apenas colaborou com a proposta da gurizada na parte técnica, mas identificou-se com ela. “Nem sei o quanto esse projeto significou para mim. Foi muito estimulante, uma possibilidade de os estudantes se descobrirem. Gostaria que houvesse uma iniciativa assim quando eu tinha a idade deles”, reflete Jennifer.
O PROJETO
De acordo com os alunos, o projeto teve início ano passado, depois de perceberem a dificuldade enfrentada pelos jovens para encontrar pessoas capacitadas para conversar sobre problemas mentais. Então, surgiu a ideia de desenvolver uma plataforma que recebe mensagens anônimas de estudantes a partir do 8º ano do Ensino Fundamental. Os desabafos seriam direcionados a um gestor capacitado, que daria encaminhamento à situação — como direcionar à uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Crédito foto: Dudu Leal